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viernes, 28 de enero de 2011

¿Mejillones en la dehesa extremeña?



Texto y fotografía pertenecientes al reportaje de Noudar
"NÁYADES, tesoros escondidos en las Dehesas extremeñas",
realizado por Jesús Manuel Crespo Marín y José Alfonso Cardenal Galván,
ambos veterinarios del Servicio Extremeño de Salud


"... hasta mediados del siglo pasado, las náyades poblaban buena parte de los cauces de ríos y arroyos de toda Extremadura. Tanto es así que en algunas comarcas extremeñas, dada su abundancia en el pasado, fueron utilizadas como alimento para los humanos, bien en crudo o hervidos y condimentados con un poco de sal o limón. A día de hoy, debido a sus exigencias de aguas puras no afectadas por la contaminación son considerados como bioindicadores ambientales, alertando de la presencia de contaminantes en los cauces donde se distribuyen... "

miércoles, 19 de enero de 2011

Summer's Espallafato




Destacamos el trabajo de una de nuestras lectoras, que ha adoptado nuestra primera palabra huérfana: "espallafato ", mediante este vídeo.
Su relato nos ha parecido fresco y genial, unido a una videocreación realmente original e innovadora.
¡Enhorabuena Ana Luisa!

lunes, 17 de enero de 2011

Histórias da gente de ali


Fotografía: Plaza de toros en Monsaraz (Portugal), por José Rico Barceló

Texto: Rui Manuel Aragonez Marques

AS FERRAS
(fragmento)

Catorze? Quinze? Dezasseis anos? Foi por essa altura que decorriam “as ferras” de que vos falo.

Pediu-me a Noudar que escrevesse algo. Touros, o tema, ou Toiros, talvez na o saibam que se pode dizer de ambas as maneiras. Touros, mais campestre, mais rural, mais Alentejo, mais sol de praça, Toiros, mais cidade, mais finura, mais português de academia se academia houvesse, mais lugares à sombra.

Lembro-me, de cima deste meio século que tenho, de um barraca o, onde se guardavam as alfaias agricolas, que nesse dia, o dia da “ferra”, se transformava em grande sala o de comidas e bebidas. Uma grande mesa ao meio, muitos cavaletes a sustê-la. Toalhas grandes, de pano, algumas bordadas, sobrepostas nas pontas, esticadas, muitas, cobriam o tampo da enorme mesa e as patas dos cavaletes. Sobre elas, uma imensidade de pratos e iguarias. Nada de garfo e faca nesse dia, à ma o, navalhas abertas e cortantes.Um exagero de comida que definia, às vezes por presunça o, o lavrador que na o lavrava, o dono da terra, do barraca o, das alfaias, dos cavaletes, das toalhas, dos pratos, das iguarias e dos toiros. Toiros. Que quem os cuidava chamava Touros.

Eram gentes de sol.

Por essa altura, teria o meu pai, que nos deixou há três meses para sempre e cujo luto ainda na o tive tempo de fazer, pouco menos do que a idade que tenho hoje, e era pela sua ma o, pois trabalhava nas veterinárias, que eu tinha contacto com esse dia, o dia da “ferra”.